sexta-feira, 25 de setembro de 2009

inspiração em antigas lembranças, raizes fincadas.

' Se podes olhar,vê. Se podes ver,repara.' - Livro dos Conselhos






Olha pra mim, não me olhes como se eu ainda fosse aquela menina de ontem, menino!

Tudo muda, o tempo passa, eu sei que não reparastes, mas junto com as madeixas que tanto gostavas se foi um pouco de mim, um pou
co de ti.

E aquela arvore que embaixo sentavamos a curtir nossos amores, sonhos...

Se foi junto com o passar dos anos, se foi junto com a nossa praça, nosso banco.

Onde haviam passaros que já não mais cantam, que tu dizias que cantavam para mim.

Repara, o tempo passou, tudo mudou, não te quero mais em mim.

As fotos foram rasgadas, pena que, como a arvore, as memórias mesmo que cortadas, fincam raizes, elas ficam.

Mas como não prometistes, não ficastes, mudastes, evoluistes junto com nosso mundo,esquecendo as simplicidades, esquecistes, eu sou simples!

As palavras não mais te tocam, as cenas, aquelas cenas...

Onde a areia invadia nosso corpo, se confundia com nós dois,

encomodava, mas nem importava.

Olha para mim, se me vês repara, continuo a mesma, sem tuas madeixas encaracoladas,

já maltratada daquelas palavras esquecidas de quem disse e inesqueciveis de quem ouve,

maltratada mesmo de sentimentos contraditorios.

Olha bem pra mim, não sou a mesma de 3 anos atras,

senti sua falta...

E meu olhar ainda te mostra aquele mesmo medo,

medo de viver sozinha.

Olha bem pra mim, sou fruto de tudo aquilo que fez comigo,

mas não sou mais para ti.

Me escuta bem, quando digo para me esqueças, o digo para mim, [ esquecer-te-ei ]

quando digo que não me queiras mais, faço o mesmo,

tento me convencer que acabou, ACABOU na verdade.

Não te quero nas lembranças, desvia-te porfavor de mim nas vielas.

Quero paz, paz de lembranças fechadas no baú da minha memória, sem ti aparecendo para abri-lo aos pouquinhos.

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